As limpezas não são só na Primavera

O óleo de coco solidificou definitivamente no frasco, e este - garanto-vos! - é tão bom indicador de mudanças de temperatura como aqueles galitos que mudavam de cor e que tinham poleiro garantido na cómoda da minha avó. Portanto, não se deixem enganar pelo sol do Verão de São Martinho, que é o proverbial "sol de pouca dura".

Mas, bem, vem isto a propósito da limpeza que estive a fazer às malas da época quente, antes de as arrumar até à Primavera. A minha Pipa diz que é "supé démodé, mãezoca!", porque, aparentemente, a moda de acessórios também mudou e agora podemos usar o que quisermos, quando quisermos, independentemente dos "paradigmas tradicionais restritivos, de tecidos e tons, relacionados com a época do ano" (juro que só a oiço falar com esta paixão e vocabulário em relação a estes assuntos...). Mas, como eu sou assumidamente tradicional (no bom sentido de tradicional!), estive a fazer a tal limpeza.

Ai, filhotes, fiquei tão desanimada... Porque, como sabem, tenho cuidados com esta questão do lixo e já estamos neste desafio familiar de redução / anulação da produção de resíduos há quase um ano e, ainda assim, não tenho bem noção de tudo o que acumulo. É um recibo aqui; uma factura acolá; agora, aceito este folheto, porque a rapariguinha está a fazer o trabalho dela e não deve ser fácil estar a distribuir folhetos promocionais na rua; depois, guardo a senha de chamada, que deixa de ter utilidade, assim que chegam ao meu número... E o resultado está à vista! Só de duas malas tirei 346 gramas de papel para a reciclagem! E isto já depois da triagem das facturas que interessam e que foram guardadas.



Ora, como dizia o outro, "não havia nexexidade"... Já recebo as facturas domésticas em formato digital, tenho um autocolante a recusar publicidade não endereçada na caixa do correio, o que mais posso fazer para reduzir este disparate de desperdício? 

Beijinhos da vossa Graciete

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